Professor e estudantes do Departamento de Artes Visuais participam de exposição no Museu da República em Brasília |
Qua, 26 de Julho de 2017 15:19 |
Um objeto é constituído por uma esfera metálica apoiada numa estrutura de argamassa que simula excremento de cor avermelhada. CuAg (cobre e prata) denomina este objeto que é levado na mão em um passeio de bicicleta que percorre a esplanada dos ministérios e a praça dos três poderes em Brasília. Diante dos principais edifícios que compõem uma espécie de iconografia arquitetônica dos poderes da nação -Palácio do Planalto, Supremo Tribunal Federal e Congresso Nacional- interpõe-se a presença do CuAg, um corpo estranho que se vale da imagem para transmutar os sentidos simbólicos desses ambientes e atmosferas, já tão contaminados pelos acontecimentos da atual conjuntura política brasileira. Assim, produz-se pela ação performativa, uma ficção segundo a qual o objeto artístico toma lugar, remove sentidos e faz transmutar, ainda que no plano simbólico, a austeridade e a confiabilidade presumidos nos ícones de poder materializados em tais edifícios e ambientes. CUAGEM, refere-se ao processo deflagrado pela presença do objeto em percurso e dos consequentes efeitos de transmutação de sentido por ele ativado. O experimento resulta das ações do grupo de pesquisa JOIA (Jogo Invento Artesania) sediado no Departamento de Artes Visuais do Centro de Artes Reitora Violeta Arraes da URCA. O objeto CuAg passou a integrar o conjunto de obras da exposição 25 anos de Corpos Informáticos, em cartaz no Museu da República em Brasília, de 14/06 a 30/07. Participam do grupo de pesquisa JOIA as estudantes Francisca Marsonília Duarte e Kakaw Alves (Artes Visuais) o designer Leo Ferreira, Dayane Silva e o professor Frederyck Sidou. |