DINTER ARTES URCA/UFMG - Defesa de Tese de Cecília Maria de Araújo Ferreira |
Seg, 03 de Julho de 2017 13:53 |
Processo de encenação como processo de ensino/aprendizagem de teatro: estudo de caso Curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Regional do Cariri (URCA) CECÍLIA MARIA DE ARAÚJO FERREIRA
A tese Processo de encenação como processo de ensino/aprendizagem de teatro: estudo de caso Curso de Licenciatura em Teatro da Universidade Regional do Cariri (URCA) defende que a criação-cênico teatral deve ser prática de ensino na Licenciatura em Teatro pelo viés da encenação. A encenação teatral, com as mudanças ocorridos no século XX e espargidas para as primeiras décadas deste século, imprimiu aos criadores da cena autonomia poética. No advento da encenação a obra teatral estava exclusivamente sobre a égide do encenador, mas com o andar histórico e o desenvolvimento da linguagem da encenação teatral os múltiplos criadores da cena passaram a reivindicar a autoria na obra teatral dentro das suas competências específicas. De um sistema com sentido específico, a encenação passa a ser compreendida como um acontecimento teatral aberto para várias interpretações, cabendo ao espectador ser também cocriador do espetáculo. Esta transformação da encenação, entre outras variantes, é resultado de processos de criação coletiva e colaborativa nos quais os artistas da cena pactuam uma criação em horizontalidade. A linguagem da encenação teatral, nestes moldes, além de ser uma arte autônoma é compreendida como uma arte paradoxal por ser – una, múltipla, compósita e efêmera. A autoria compartilhada da obra teatral gera um processo movido pela revelação/criação/invenção de problemas concernentes aos partícipes do processo. Ao encenador-professor que conduz o processo de ensino/aprendizagem de teatro pela criação cênico teatral é imprescindível a conquista da sua presença ativa no mundo para que possa encorajar os seus estudantes nos atos de revelação/criação/invenção de si mesmos e do mundo que os circunda. O estudo de caso está localizado na prática docente da encenadora- professora, autora desta tese, nas disciplinas Processos de Encenação I, II e III da URCA. As disciplinas abarcam o estudo da linguagem da encenação teatral com ênfase em processos coletivos/colaborativos, em procedimentos práticos-teóricos nos quais os estudantes têm ampla liberdade de escolha procedimental em seus processos de criação. A liberdade está localizada também na formulação de questões/problematizações que são concernentes aos estudantes e que serão materializadas em expressão cênica no formato de montagem teatral. Com os atos de criar e refletir a criação, os estudantes vão construindo suas poéticas de atuação artístico-docentes e desenvolvendo um “saber fazer” e um “saber pensar o fazer”. Para a tese foi criado um questionário para os egressos no qual eles expusessem suas experiências com os processos de encenação tendo como objetivo averiguar se os processos de criação, pelo viés da encenação, reverberavam em suas práticas como artistas-professores-pesquisadores de teatro. A tese defende que é fundamental para a formação do licenciando em teatro. Comissão Examinadora Prof. Maurilio Andrade Rocha (UFMG) Prof. Mariana de Lima e Muniz (UFMG) Prof. Lucia Gouvea Pimentel (Universidade Federal de Minas Gerais) Prof. Davi de Oliveira Pinto (UFOP) Prof. Eugenio Tadeu Pereira (UFMG) Prof. José Savio Oliveira Araujo (UFRN) Prof. Monica Medeiros Ribeiro (Universidade Federal de Minas Gerais) - suplente Prof. Ernani de Castro Maletta (Universidade Federal de Minas Gerais) - suplente Data: 05 de julho de 2017 Local: EBA/UFMG Sala: 2007 Horário: 14:00h |