Centro de Artes recebe o artista Stephan Doitschinoff |
Sex, 07 de Outubro de 2016 12:28 |
O Centro de Artes através da Coordenação Setorial de Extensão e do Departamento de Artes Visuais, dentro do Programa de Extensão Encontros Espontâneos, recebe o artista Sthephan Doitschinoff que apresentará sua trajetória artista e projetos atuais para estudantes e professor@s do Curso de Licenciatura em Artes Visuais. O evento será mediado pela profa. Dra. Renata Aparecida Felinto do Departamento de Artes Visuais. Dia: terça-feira, 11 de Outubro de 2016 Das 9:00h às 11:30h Sala: NEPEA
STEPHAN DOITSCHINOFF 1977, São Paulo – SP, Brasil
Artista revelação pela Associação Paulista de Críticos de Arte, realizou suas principais exposições em espaços institucionais como o Museu de Arte Contemporânea de San Diego - Estados Unidos, a Fondation Cartier – França, o Museu de Arte Moderna de São Paulo ( MAM ), o Museu de Arte de São Paulo (MASP), o Museu Afro Brasil, a Bienal Internacional de Curitiba e o Centro Cultural Vergueiro. Atualmente é representado pela galeria Jonathan LeVine em Nova York, pela galeria LJ, em Paris e está presente na coleção The Isabel and Agustín Coppel, no México. Doitschinoff tem dois livros publicados pela editora alemã Gestalten; CALMA: The Art of Stephan Doitschinoff ( 2008 ) e CRAS ( 2012 ), além do documentário TEMPORAL ( 2008 ).
SOBRE O TRABALHO A obra de Stephan Doitschinoff desdobra-se em diferentes vertentes que vão desde a pintura e a instalações em contexto museológico, até a arte pública, o vídeo e performance. Em todas estas abordagens é perceptível uma unicidade nos conteúdos e no corpo de investigação.
Seu trabalho é permeado por uma linguagem altamente criptografada e simbólica. O que a primeira vista parece ser uma narrativa visual impregnada de referencias religiosas ou dogmáticas, sob um olhar mais cuidadoso revela-se um processo de apropriação de estrutura e ressignificação.
Algumas das manifestações básicas da religião e das forças armadas são usadas como suporte: a configuração do templo, do altar, da procissão e dos personagens antropomórficos representativos de divindades, assim como de hinos, marchas, fardas e medalhas. Entretanto, não há dogma, o conteúdo é formado por questionamentos que visam promover um espaço de reflexão e crítica.
Doitschinoff remove o conteúdo místico ou ideológico, para apropriar-se desse formato e adicionar símbolos criados a partir de reflexões pessoais em confluência com temáticas contemporâneas, como por exemplo, a “democracia corporativa”, o papel das plantas e substâncias psicoativas na cultura ocidental e o descontrole provocado por sistemas sociais rígidos que não propiciam espaço para que o indivíduo se desenvolva na sua plenitude.
Stephan redefine a narrativa original contida na estrutura religiosa ou militar, que por sua vez é uma linguagem comum e tem o poder de capturar a atenção do grande público através da familiaridade e de sua presença massiva na sociedade desde suas fundações. Texto por Nathalia Cruz
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